UM POUCO SOBRE MEU PASSADO

Hoje quero escrever sobre três anos da minha vida. De 2000 a 2002 quando estudei no extinto Colégio Tales de Mileto, ou simplesmente Tales. Entrei lá na 7ª série quando abriu o Ensino Fundamental. Na minha sala tinha uns dez alunos, sendo que somente três eram meninas: eu, Lorena e Betânia (onde ela foi parar?). Aliás, todas as salas do colégio tinham mais meninos do que meninas. Mas os mais lindos eram os meninos da noite, que inventávamos um monte de trabalhos só pra passar o recreio no noturno pra ver os bonitinhos. Eu e Lorena tínhamos os preferidos: Amaury e Tarcísio, de Sacramento.
Espero não causar ataques de ciúmes agora. Foi no Tales que dei meu primeiro beijo, aos 13 anos. O nome do menino: Kennedy. Ele se casou tem pouco tempo. Foi no Tales também minhas primeiras paixões platônicas dos meninos do noturno... se bem que quando conheci o Eduardo ou Duduuu, ele não estudava a noite. Oito anos depois venho admitir que fui apaixonadinha por ele. Do mesmo modo que fui apaixonada por ele, ele foi por mim mais tarde e o vi chorar em uma festa de 15 anos de uma colega nossa. Eu sou uma bruxa mesmo! Hoje Dudu tem um filho lindo, o Bruninho.
Das amizades que ficaram realmente não posso esquecer da Lorena, apesar de tantas brigas por coisas que nem lembro mais e do educadíssimo Abhner (á-bê-agá-ene-é-erre) nunca esqueci como soletra o nome dele porque todos os professores perguntavam. A sala às vezes soletrava em coro o nome dele. Bem como o sinal da escola que era uma música clássica e que no meio cantava algo parecido com “Abhner”. Caso não tenham percebido, o educadíssimo foi puro cinismo. Lembro-me um dia que estava no ponto de ônibus ao lado do professor Aparecido e do Pablo que morava perto da minha casa quando o Biné, como é mais conhecido, passa e eu dou um singelo “tchauzinho” com as mãos. Ele delicadamente foi me dar tchau e mandou o dedo do meio pra mim. Depois disso, o dedo do meio virou nosso modo de nos cumprimentar em sala de aula. Acho que nem quero lembrar o dia que eu e a Lorena fomos fazer bolo na casa dele. Um desastre! Nunca fui boa na cozinha, ontem mesmo queimei pipoca de microondas.
E ainda tem mais meninos: Léo, Bruno (Bosta), Tiago (Pinga). Apelidos extremamente carinhosos. A última vez que vi o Léo e o Bruno foi em um pôster de uma banda que eles tocavam juntos, mas também tem muito tempo. O Tiaguinho deve ter parado de beber pinga, agora que é pai de uma menina que até hoje eu não conheci.
Essas últimas coisas aconteceram durante a 8ª série. Entraram novas alunas: Luciana, Caroline, Natália, Lílian, Vanessa, Tatiana e Renata (a quem eu chamei muito tempo de mãe). Sim, entraram outras pessoas, mas essas são as que marcaram mais. Luciana e a amizade com os meninos de Lagamar. Os meninos de Lagamar que faziam o maior sucesso com as meninas da escola, principalmente com as meninas da oitava. Não, nem eu fiquei de fora. Juro que esqueci o nome do menino que eu beijei, só lembro o apelido e nem sei como escrever. Vi ele esses dias na faculdade, ele riu pra mim mas só depois de algum tempo que eu fui reconhecer quem era. Mantenho contato com o Diogo de Lagamar pelo MSN, mas conversamos poucas vezes, ele tem uma filhinha. E a Lú também tem uma menina linda, Maria Eduarda, que fez dois anos esse mês. Uma fofa!

[Acho que vou dividir em duas partes essas memórias...]

Ana Cláudia Soares escreve aos sábados na escritureira.