4.10.08

DESCARTÁVEL - PARTE 2

É difícil sentar na frente do computador ou de um caderno e... escrever. Desse jeito não flui. Isso pode não acontecer com você, mas comigo é assim. Quando sento aqui porque PRECISO escrever sai sempre essa *!$&@:


Ele negou, mas se entregou. Ela disse adeus e não chorou.
Ela levantou. Ele continuou.
Ela sorriu. Ele chorou.
Risos em suas mais variadas formas.
Não houve amor.
E hoje não seria diferente.
A casa não estava como antes, mas logo ficaria.
Ela disse adeus mais uma vez. Ele sorriu.
Completo vazio infinito.
Um simples adeus.
Nunca.
Nunca mais.

***

Era noite de lua cheia. Os olhos de jabuticaba estavam fechados após o longo dia. Decidi não acordá-los para mostrar a estrela cadente. Aquilo era tudo o que eu queria no momento: tranqüilidade para meus olhos vermelhos, cansados. A noite vai passando e as estrelas vão girando e nem percebi que já estava dormindo.

***

A vida no escritório não é a que eu queria, mas ganho dinheiro pra comprar discos de vinil, CDs e a decoração do apartamento. E passo o dia com clientes insuportáveis, loucos, doentes, mas até hoje nenhum serial killer como sempre sonhei. Ainda o aguardo ansiosamente.



Ana Cláudia Soares tenta escrever aos sábados na escritureira.

5 comentários:

Anônimo disse...

Ótimoo...
Te amo minha negraa ;)

Anônimo disse...

Adoreei! Principalmente o primeiro! Lindo! =)

Anônimo disse...

curti bastante ana!

acho muito legal sua escrita!

paz&bem!

Anônimo disse...

Gostei muito...principalmente do terceiro texto, rs.

Anônimo disse...

Como eu já disse em outra ocasião, adoro esse formato de texto. E acho que descartável é um nome forte demais para esse talento!