14.1.09

Espero que seja inesquecível

Fui convidado a dar as caras, melhor dizendo, as letras nesse espaço. Gostei até da proposta de escrever cada um no seu dia e tal. Mas vi, olhando o histórico do blog, que nem sempre os escritureiros tiveram tempo de postar e, que nem sempre lembraram que no referido dia da semana era o seu dia de postar. Aqui não tenho a intenção de julgar os motivos que levaram os amigos a pararem/esquecerem de escrever e etc. Apenas chamo a atenção à disciplina cruel de termos horas e hosrários para dar vazão a sentimentos que nem sempre temos prontos para colocar no papel, melhor, no blog. Combinei o seguinte com o Frederico e com a Ana Cláudia, que no dia que eu tiver afim, que no dia que eu lembrar, eu darei minhas "palavras por aqui". Não sei o que abordarei e nem como farei. Espero apenas que essa esperiência seja inesquecível. Assim como foi a minha segunda noite de amor. Pois a primeira empenhei-me em esquecer, eu estava nervoso e nem consegui amar direito.
Se eu fosse você continuava lendo...
...
"Há certos dias em que acordo com uma esperança demencial, momentos em que sinto que as possibilidades de uma vida mais humana estão ao alcance de nossas mãos. Hoje é um desses dias.E então me ponho a escrever quase às apalpadelas na madrugada, com urgência, como alguém que saísse para a rua pedindo ajuda diante de uma ameaça de incêndio, ou como um navio que, a ponto de afundar, mandasse um último e fervoroso sinal para um porto que sabe próximo mas ensurdecido pelo barulho da cidade e pela infinidade de letreiros que confundem o olhar.Peço a vocês que paremos pra pensar na grandeza que ainda podemos pretender se ousarmos avaliar a vida de outra maneira. Peço a nós essa coragem que nos situa na verdadeira dimensão do homem. Todos, repetidas vezes, fraquejamos. Mas há uma coisa que não falha, é a convicção de que – unicamente – os valores do espírito podem nos resgatar deste terremoto que ameaça a condição humana."
...
O texto acima é de uma coletânea de ensaios do livro A Resistência (Cia das Letras) do meu amigo (amigo? por que não?) argentino Ernesto Sábato, para muitos o maior escritor argentino vivo. Achei bonito e tudo mais deixar essa mensagem na minha primeira vez, para os poucos, porém fieís leitores dessa casa de escritureiros.
...
e para terminar:
gente, gente e gente, nunca se esqueçam de amar.
beijo.
David Leinad vai escrever quando der vontade e lembrar no Escritureira.

2 comentários:

Anônimo disse...

"...a convicção de que – unicamente – os valores do espírito podem nos resgatar deste terremoto que ameaça a condição humana." - MARAVILHOSO!

Ana Cláudia disse...

Bem vindo amigo!
Nunca, nunca, nunca esqueceremos que amar.