E foi quando eu me esqueci de olhar a caixinha de correspondências, que o primeiro pedaço de alguém me chegou pelo correio. Num envelope feito de papel reciclado, com aquelas listras coloridas que mais parecem veias. Namorei todos os detalhes antes de abri-la. Vi uma letra que se apresentava sofrida na superfície do papel e de que como aqueles traços ao grafarem meu nome se deram numa urgência, pressa, essa tão comum nesses "tempos corridos". Já aberta, examinei o tipo de papel (folhinha de caderno espiral) em que ela havia sido escrita. Senti o cheiro, não sei se de celulose ou das mãos que sobre ela repousaram as letras...
Quase ao fim da leitura pensei... Escreveste pouco meu amigo! Pois já não queria abandonar aquela sensação de pausa, de êxtase, de ser naquele momento uma criatura infinitamente particular, que pela leitura e sentimento, havia consentido vida a algumas palavras humildemente escritas, agora vivas, pulsantes em meu coração.
3 comentários:
fred...já estava sentindo falta de belas palavras, vim visitar...continue assim...e com projetos de cartas...bjus
HUm momento meu amigo, um momento, para nossa sensibilidade se torna eterno!!Grande abrass!!
Que singelo..
Gostei...
Sempre compalavras exatas para momentos inesperados...
Rodrigo Chagas
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