Ao notar o EU encantado e decantado na palavra silenciosa, EU utilizo a laboriosa criação para me aventurar na fauna poética. Largo a crendice alfabetizada e ponho-me na estrada das conversas soltas. EU seria capaz de argumentar com os ventos horas a fio. EU desceria até os calcanhares para sentir oa ares mais despercebidos.
O verso nasce, mas nunca da mesma maneira. EU não sou o mesmo poeta anos atrás que inaugurava sagazmente um palacete de certezas. Hoje a única certeza que EU tenho é uma música que ainda não foi composta. Essa música tem um toque suave sem usar partitura, microfone ou outras bajulações sem sentido. EU sou o cuspe dolente depositada no sussurro da noite calado por um poder supremo. A agitação das cabaças e cabeças sacoleja a vida arribando um tropel de papagaios felizes. Sinto-me um predestinado alimentando versos a um ser emoldurado nas paisagens globais. Eis os meus ais. O meu EU é um ninho afofado com minúsculas ramagens buscadas no cotidiano. EU tenho um plano mirabolante, EU vou ser EU mesmo. Mas para que isso me aconteça preciso ser EU na vestimenta de outra pessoa. Pois só assim serei ser EU na poesia que não vibrou.
Alessandro Eliziário escreve às sextas-feiras na escritureira.
7 comentários:
Bravo! Gostei muito. Compartilho desse plano mirabolante de ser eu mesma. Um dia consigo ser totalmente Mayla. Rs. Adorei!
Saudade das suas linhas mestre. Posso garantir, que meu EU é outro depois que te conheci.
só lembrando que esse poema é dedicado ao meu amado mestre palma...Obrigado mayla,mestre alfredo....
Eu tambem vou ser EU mesma... Lindo Basaka!
felicidade por essas palavras!
Como são brilhantes os textos publicados neste blog!! Bem vindo de volta! Aguardando o retorno do Gu tbém!
ana claudia,fred e rose... obrigado pelas palavras....
16 poemas para serem lidos em 16 dias....
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