6.1.09

Campos de Carvalho




Esse senhorzinho na espreita da pequena foto é Walter Campos de Carvalho, um grande escritor brasileiro. Nasceu em Uberaba no dia 1° de novembro de 1916. Apesar de sua importância ser reconhecida entre alguns poucos “ratos” de sebos, apaixonados pela o que houve e há de melhor na nossa literatura, ele não é estudado nas universidades e muito menos lembrado. Com pouca bibliografia crítica a seu respeito. Nunca ganhou uma homenagem que se preze em sua cidade natal, nem nome de rua. Campos faleceu no ano de 1998 em São Paulo, com apenas quatro pessoas velando seu corpo, dentre elas seu primo Mario Prata, também escritor nascido em Uberaba.
Escrevo esse pequeno texto para fazer voz ao pequeno movimento e interesse relacionados a sua obra. Hoje transbordam peças adaptadas de seus romances e teses que identificam suas qualidades de excelente prosador.
Seus livros causaram imenso impacto nos meios literários quando do seu lançamento e ainda causam verdadeiro furor nos que o leem. Dentre seus admiradores podemos citar Jorge Amado. Que comprou trinta exemplares do seu livro “A Lua Vem da Ásia” e distribuiu p´ra escritores, “para que eles tomassem contato com o que há de melhor sendo escrito no Brasil”.
Campos de Carvalho lançou apenas quatro livros pela editora José Olímpio(mesma editora de outro ilustre de Uberaba Mário Palmério), na verdade, quatro obras-primas. Palavras que roubo de variadas pessoas que tomaram contato com sua obra. Esse senhorzinho como disse o repórter Heleno Álvares, “era uma estrela em que tentamos, encantados, buscar um pouco de brilho, na esperança de ofuscar o fosco que somos”.
Busquemos pois ler Walter Campos de Carvalho. Recentemente o grupo editorial da Record re-publicou suas obras em cuidadosas edições. E em tempo de mostrar minha consternação pela despedida do amigo Alfredo Ciabotti desse espaço, deixo a ele e nós que aqui continuamos (até quando não sei) uma frase do próprio Campos de Carvalho:
“Quando se apagam as luzes é que eu me vingo espiando as estrelas.”
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Frederico irmão da Joyce escreve aqui nas terças quando lembra.

7 comentários:

Pâmela Mel disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pâmela Mel disse...

Frederico, Fred, fredinho irmão da Joyce, que bom ter você para nós mostrar aquilo que as vezes esta escondido dos nossos olhos. E é você que me alerta sempre sobre o conhecimento e o reconhecermo. Beijinhos

Anônimo disse...

Confesso que pouco sei sobre Campos de Carvalho, uma pena, ainda maior sabendo ser ele um filho de nossa terra. Vale debruçar sobre os livros do mesmo após tal resenha de Fredi. Por fim, agradeço o carinho irmão.

Anônimo disse...

Então poderei continuar acessando o blog, porque gente que brilha permanece!!! Achei que o blog tinha acabado. Ainda bem que não.

Cia. UNO disse...

Muito bom mano!!Muito Obrigado!!!

Anônimo disse...

eu que agradeço a todos!

paz e bem!

Luiz Hozumi disse...

e vamos q vamos.. pois leitores não faltarão.. nem a Campos e nem ao blog.. mas a ausência sempre é necessária para que a saudade palavra de sentimento indescritível possa tb existir..