Cartas.

Num pedaço de papel qualquer (de cartolina, fax, pardo, almaço, higiênico etc) em que eu possa me valer, seja branco, creme, azul ou sei lá, eu vou me lançar. Vou destilar minhas humanidades para um outro que pode ser você. De hoje em diante eu começo. Se você é meu amigo e tenho seu endereço, pode ser que você receba uma visita de meus pequenos escritos. Uma carta. Vai chegar pelo correio. Isso mesmo. Se o caso fosse rapidez usaria o email. Mas é justamente para desacelerar a vida e esse ranço de tornar qualquer sentimento uma balela que se desmancha no ar, que recorro às mãos, caneta e papel. Ser honesto é um bom começo para avaliar o quão necessito de bom senso em decisões importantes... Ou seja, decidi enviar cartas.